Trilhas sonoras de anime e comentários

Uma das coisas pelas quais sou mais apaixonada são as OSTs. Sou garimpeira, coleto diversas e um dia quero ter uma coleção de LPs do tipo, então sempre carrego comigo a necessidade de escrever sobre música.
Hoje resolvi escrever sobre algumas das que mais gosto, levando em consideração apenas que são trilhas de Anime - não de filmes ou mangás; e seu aproveitamento solo, não tendo necessidade de conhecimento prévio sobre o anime, apesar que devo comentar se a trilha embala com a apresentação, também, ou se ela toca em algum momento pontual da história.
E mais uma vez, vamos em minhas interpretações pessoais sobre música….

Está listado em ordem alfabética.

Gankutsuou

O anime é um show de cores e texturas que localizam O Conde de Monte Cristo em um futuro em que a exploração espacial já foi alcançada, mas as velhas intrigas da juventude e a vingança da obra de Romance são muito bem recontadas.

Por isso, sua trilha sonora não poderia deixar de contar com o frenesi da paixão e o futurismo. Para alcançar esse status, aqui prevalecem as referências à música clássica e a ópera, num mix de eletrônica e romantismo francês.


Foram lançados dois álbuns com a trilha. Para esse post irei apenas comentar o da OST. O segundo é um apanhado das músicas clássicas pela Orquestra Sinfônica de Budapeste.

Para uma história de amor e vingança se é necessário uma dramaticidade musical e a trilha não peca nisso. Vamos começar pelos temas cantados por Jean-Jacques Burnel, que é um cantor franco-inglês. Há nele a intencionalidade de Ópera Punk e esse termo não poderia ser melhor para descrever esta trilha.

We Were Lovers é o tema de abertura do desenho. A música, cantada em inglês, é sobre o próprio Edmond Dantes - talvez até o do livro, visto o ar de esperança e amor de sua juventude, não muito presente no anime. Serve como prólogo, como as memórias dos sentimentos bons que podemos ver na animação da abertura. O encerramento “You won’t see me coming” é mais tecno-dançante e centrado na loucura de sua vingança, também cantado em inglês.

Além desses temas principais, na trilha me chamam a atenção “sorrow” - uma música em diversas passagens que vão desde o violão clássico com uma orquestra romântica no fundo, para o longínquo som de uma sinfonia cosmo-espacial. Aqui há um mix de sintetizador e violão e diversos outros instrumentos. É uma peça ambiente progressiva. O contraste entre o violão e o som “espacial” para mim se traduzem exatamente como Gankutsuou.

A canção Waltz in Blue é em francês e aqui não há o tema espacial presente. O que ocorre é uma canção de romance meio boba, mas muito gostosa de se ouvir. É meio espalhafatosa, talvez para falar sobre a ingenuidade do jovem Edmond Dantes que se repete no menino Albert.

Kaishou
Uma melancólica peça de tom clássico e futurista que parece referenciar a traição e tristeza do Conde. O som espacial é bastante presente, porém a melancolia prevalece. É claramente o tema do personagem principal. Suas passagens contam a narrativa de alguém traído e que hesita em se vingar, mas que mesmo com o coração quebrado, vai precisar dar esse passo a frente. Quer dizer, é o que eu compreendo pela narrativa da música, hahah.

Montecristo
Minha música favorita da trilha sonora. Lembro de ter reparado nela no primeiro episódio, quando a cantora de ópera canta na casa em que o Albert visita em sua primeira noite de viagem. Porém aquela é só a versão da clássica de Il Dolce Suono, peça que ficou bastante conhecida na mídia pela versão que aparece no filme O Quinto Elemento. Aqui Il Dolce Suono é a introdução da peça que também se mistura com passagens de Robert le Diable (Nonnes qui reposez), e ainda com Tchaikovsky em Lento Lugubre. Eu não faço ideia de quem resolveu combinar essas peças e ainda meter um TUTS TUTS, mas deu perfeitamente certo, pois aqui temos toda a intensidade de seu Conde e a genialidade que é esse anime.

Shounen no Hi
Peça para piano sobre o personagem Franz. Não tenho muito a comentar a não ser que é uma peça instrumental muito boa, de certa forma me lembra Debussy. Ah, e que combina com o personagem. É triste amar e não ser amado. Talvez essa música fale sobre isso.

Houseki no Kuni
A trilha sonora de Houseki no Kuni tem uma sensação que muito se assemelha com a história inteira. O tema budista da obra, da morte e vida, da sequência, reconstrução e desconstrução das pedras preciosas e ainda assim a beleza das jóias, dos seus restos, marcam o tema da impermanência. Considero quase uma experiência de estudo.

Os espaços ritmados das notas de piano dão uma impressão de som de cristal juntamente com o som das cordas de violino, sinos e outros instrumentos. O budismo se faz presente na instrumentalidade das músicas sobre Criação e Destruição.

As que mais me chamam a atenção são justamente as músicas que trabalham com esses temas, apesar de diversas outras presentes serem muito interessantes.

A trilha sonora é dividida em 2 discos. Eu prefiro o primeiro, apesar de o segundo ser muito bom e ter temas orquestrados bem aproveitáveis.
É principalmente composta por Shiga Keiko, Terui Yoshimasa e Fujisawa Yoshiaki.

A abertura é Kyoumen no Nami de YuriKa. Aqui é trabalhado uma composição que faz combinações com tempos diferentes dando uma impressão destoante e de cacofonia, porém que no final se harmoniza muito bem e tudo tem a ver com o tema das joias quebradas.
O encerramento é Kirameku Hamabe, de Yuiko Ohara. É meio que sobre os sentimentos de Phos por Cinnabar, ou talvez sobre a estranha sensação tão comum com os humanos de uma nascente paixão. Ouvindo hoje em dia, com o mangá, parece na verdade ser sobre os sentimentos de Cinnabar.

Sunspot
É minha música favorita da trilha sonora. O tema dos Lunarians chegando tem acho que o principal som do anime, o das pedras, e o uso de instrumentos característicos denotam a mortalidade e existência dos seres. As passagens da música dão a impressão de medo e beleza.

Sea: uma curta e bela canção creio que com sintetizador? Não consigo identificar, porém é um som ressonante que lembra o corpo das pedras. Ground: outra música com o som “natural” que lembra a passagem de vento. 

Digno de nota, me chama muito a atenção a Night, seu som de terror e sombriedade.

Recomendo bastante a OST para quem gosta de músicas ambientes ou até para reflexão.

Loveless
Para além dos para aléns, de avisos e etc, Loveless no fim do dia é uma história sobre abuso. E isso transpassa muito assustadoramente bem na sua trilha sonora. Nunca deixei de rasgar elogios a essas belíssimas canções e acho que por mais que a obra cause repulsa, acho que essa repulsa também aparece nas músicas. Vale a pena ouvir mesmo que o título te afaste, pois é um CD muito bom e digno de ouvir.

Aqui prevalecem os temas sexuais, sobre enganação, sobre paixão, sobre horrores. Tem todo aquele som meio anos ~1940 - 1960~ de filmes franceses daqueles bem xaropados de mulheres nuas e homens fumantes.

Acho também que as músicas combinam mais com o mangá devido a profundidade e plano de fundo dos personagens.

C'est magnifique! Essa é uma das minhas trilhas sonoras favoritas de todos os tempos! São apenas 17 músicas, vai ser difícil não comentar o álbum inteiro aqui.
Aqui se fazem presentes Kajiura Yuki e Sasaji Masanori, extrema finésse além de todo o enorme e rico elenco que tornou esse álbum possível.
Eu fico boquiaberta com a construção desse álbum… é uma pérola.

Começando já pela lendária abertura Tsuki no Curse interpretado pela Okina Reika. Além da música chiclete, acho que o ponto alto é a letra da música. O encerramento é uma das minhas músicas de anime favoritas, Michiyuki. O som extremamente melancólico da sensação narrada transparece tanto na letra quanto na música.

Uma semelhança bastante comum, talvez das influências do álbum, coisa que não posso averiguar com certeza, é com Serge Gainsbourg e Françoise Hardy.

Memories - Ritsuka Essa música em francês soa como um filme antigo, extremamente sensual e parece até com o álbum “Lovage - songs to make love to your lady with”. São 8 minutos de duração. O nome remete ao desejo de Ritsuka de nunca esquecer as próprias memórias. Na letra podemos notar o desejo do menino Ritsuka em mandar no próprio destino, com alguns versos que parecem as poesias de combate de Soubi. O que é interessante, pois aqui contrasta o desejo de independência de um personagem e o desejo por obediência e devoção do outro.

Blind Hated tem um excelentíssimo baixo combinando com o som sinistro das cordas. A bateria dá um jazz-feel, apesar de sua construção soar mais noir ou talvez beatnik. Parece aquele rock fim dos anos 1980 ~ início dos anos 1990.

O desejo e segredo são muito marcantes em toda construção da música Noughts. Sua abertura orquestrada se direciona para um sombrio e logo passional coro em língua cebuano, das Filipinas. A letra é sobre um amor que mesmo no escuro quer reencontrar-se. O som da percussão dá uma impressão sensual. É minha música favorita desta peça. Entre os versos há um instrumental marcado por violinos e piano.

É especialmente apaixonante quando pensamos nas personagens a que essa música se refere. É sobre o amor escondido entre as garotas Kouya e Yamato. É um amor sufocante, encantador e cheio de culpa, escondido da sociedade. Talvez daí venha o “nos encontraremos no escuro” da letra. Outra coisa que me faz pensar sobre como ela se encontra na história é que essas personagens não sentem dor física. Mas a dor no coração, não há vazio nenhum.

Tragedies - Seimei. O personagem Seimei, o irmão de Ritsuka, é um dos personagens mais cruéis que conheço. Ele é capaz de tudo para causar dor, o que é irônico pois ele é “o que é amado” na história, um adulto “virgem”. O filho perfeito, o irmão ideal. O grande exemplo, o que cativa com o glamor, que quer tornar o próprio irmão seu cativo. É aquele clássico personagem de amor deturpado, sem sabor, que pensa estar em busca do mais puro amor. Aquele que sibila no ouvido do outro e o provoca uma ação que não o pertence. 

Seu tema musical é marcado principalmente pelo vocal em francês e o piano e violino. Sua música é misteriosa, sombria e distante. Carrega um sentimento de melancolia e uma certa apreciação fria a algo secreto.O tempo todo há um tema de indagação de “como chamamos o amor?”.

O personagem é repleto de beleza e a plena crueldade. A canção não carrega inocência.

Mysterious Way carrega um tema circense e meio curioso. Soa como uma canção francesa. Porém há um elemento que torna a música estranha: há uma espécie de dissonância que causa uma impressão de desencontro na progressão da música. Ela vai se tornando mais inquietante com o passar do tempo e finda num piano mais quieto. As próximas músicas de tema comédia também passam uma sensação parecida. É “esquisito” ter temas tão descontraídos nessa história, porém o medo é muito bem trabalhado mesmo nesses temas mais engraçados.

Mahoutsukai no Yome
A trilha sonora de Mahoutsukai no Yome é permeada de canções inspiradas em magia, a maior parte com uma sonoridade meio medieval com regada por violinos e piano, o tema festivo, brincalhão e sombrio e um certo ar de folclore e paganismo. Há ainda um apreço pela melancolia decorrente da própria protagonista muito evidente na obra, assim como a curiosidade de Elias é bem marcada. Eu ia comentar que também nota-se um som “armorial”, mas pensando melhor é justamente por causa da inspiração em comum que há essa semelhança.


Marcado por vibrante piano, as fadas parecem brincar no tema principal. É um convite ao mundo mágico que se abre para a protagonista. Logo após temos a maravilhosa abertura “Here” de JUNNO. Essa para mim é uma das melhores aberturas de anime em anos. O som meio latino cria uma ótima ressonância com a voz da jovem cantora. A letra tem tudo a ver com os sentimentos da protagonista naquele momento do começo da história, procurando seu lugar no mundo.

Nessa OST temos uma infinidade de artistas, mas vou resumir mencionando apenas os compositores que são Aratame Show, Kira Tomohiko, Matsumoto Junichi, Minamida Kengo, KOKIA, Sakamoto Miu e Shirato Yusuke no primeiro CD.

Como tem muita música aqui eu devo comentar as minhas favoritas apenas, mas recomendo toda a trilha.

Libero ala é uma insert em inglês que é também uma brincadeira silábica. Toca num dos momentos mais simbólicos do anime também, na morte do dragão, quando a Chise visualiza seu último sonho. Inishie no Mahou Densetsu é um tema de aventura com flauta, piano, violino. Um som cristalino bastante “faerie”, que denota o mundo encantado. Há também um som que lembra cravo. É uma faixa curta mas de boa passagem.

Seirei no Mai ~ Dance of the Spirit é de KOKIA. É uma das minhas favoritas do anime inteiro. Aqui temos um mágico coro em um idioma que eu creio ter sido inventado, pelo que investiguei. Sua introdução é um piano com um quieto coro que vai progredindo até tornar-se marcado por percussão, violino, harpa. É o tema da rainha das fadas Titania, anunciando a sua chegada. Adoro como a trilha acertou nessa composição, há realmente uma lembrança de temas medievais até bastante fílmico, com uma impressão moderna com o trabalho de cores. A batida dá um tom de religiosidade e graça mais profunda.

O encerramento é precedido pela faixa “Annodomini”, que é vocalizada em japonês. “cycle” de Hana Itoki, é também uma de minhas músicas de anime da atualidade favoritas. Aprecio toda sua construção, vejo que aqui há muito sobre a protagonista, sobre sua solidão e seu amor, envolta no pano de fundo mágico que a abraçou, cheio de esperanças. É um som agridoce e meio nostálgico.

Antes de seguirmos, os OVAs também possuem uma OST. Nelas, há a canção “Clockwork quick and lightning slow” que eu não poderia deixar de mencionar. É interpretada pela Julia Shortreed e é cantada em inglês. É uma mágica música de infância bastante charmosa e marcante que introduz a série. Bastante curta e fantástica.

A segunda OST possui como compositores Kaco, Akino Arai (dona do meu coração), kotringo, Matsumoto Junichi, Nakano Ryota e Shirato Yusuke.

Depois que a apresentação do mundo mágico termina na primeira parte, aqui temos a sequência que é a imersão lá dentro. Encantamentos sombrios, fantasia e terror narram esta passagem da história, mas há ainda o crescimento do sentimento de amor e alegria.

Iruna Etelro é outra insert dessa vez cantada pelo encantador de dragões. Não é preciso comentar a inspiração medieval nessa faixa, no entanto sinto que sua composição não é construída dessa forma, suas passagens não são escaladas dessa forma. As faixas que seguem sobre o tema do lar e família da Chise são muito sobre pertencimento, a personagem encontrando seu lugar naquele mundo.

A segunda abertura, “You” de May’n não é de minha preferência, mas possui uma boa execução.

Rose de Kaco é outra música vocalizada bastante romântica e saudosista. É a música que aparece no episódio do adeus sobre o amor da personagem apaixonada pelo humano Joel. Hana Kazoe é cantada pela Akino Arai, é uma canção de ninar da Chise.

Story é minha favorita dessa parte da trilha, de kotringo. A bateria e o vocal são apaixonantes, além de toda combinação de instrumentos. Gosto bastente do segundo encerramento, Tsuki no Mou Hanbun, mas nada muito profundo sobre ele além de ser agradável, de minha parte. Sua construção ainda tem um som de fábula, porém sua batida dá uma modernização que não me atrai muito.

The Legend of "The Ancient Magus Bride" é a última faixa da trilha sonora e ela reúne muito bem toda construção mágica da OST e da história do anime. Vale a ouvida “solo” se não lhe apetece conferir um álbum inteiro.

Princess Tutu
Não é surpresa pra quem me conhece este anime aparecer em algum top que escrevo. É meu anime favorito.
As músicas originais são compostas por Wada Kaoru, Murayama Tatsuya, Shibano Satsuki e Ritsuko Okazaki, no entanto esta trilha é mais notável pelas interpretações de clássicos musicais.

Começando pela abertura e encerramento que foram especialmente compostos para a animação pela já falecida Ritsuko Okazaki. Sua doce voz engloba o gentil amor da protagonista e transfere seus sentimentos à pessoa amada. A abertura especialmente conta com trilha clássica de valsa para combinar com o tema de Balé do anime.

Quase todo o resto da trilha sonora é como uma grande antologia de Música Clássica e peças de Ópera e Balé, a maioria instrumental. As peças são interpretadas pela Orquestra Sinfônica de Sofia, da Bulgária. Originalmente, foram lançados 3 CDs que dividem os atos do anime.

O primeiro é focado em músicas mais alegrinhas e mágicas/mistério, o segundo são temas mais de batalha, épicos e sentimentos conflitantes. O último é principalmente focado em amor e tristeza.

Princess Tutu é centrado em recontar fábulas de balé e referenciá-las de forma explícita ou não. Também está repleto de ícones culturais tanto de cinema - como o filme Suspiria - até bailarinos e artistas não muito conhecidos. Tal paixão pela Arte não podia deixar de ser passada pela trilha sonora, também.

Há também uma espécie de interpretação por cima de peças clássicas, tornando possível a leitura destas de forma não-literal.

Meus principais destaques são:

As três Gymnopédies de Erik Satie
É o tema de Rue. Esta é uma peça em piano bastante curta e famosa, na trilha é possível encontrar os 3 atos. No anime, se refere aos sentimentos da personagem, visto que é um tema geralmente interpretado como solitude, aqui ele faz alusão aos momentos de conflito da personagem Rue e sua persona Kraehe. O estranhamento natural da própria composição atrela muito bem com a violência e o amor da personagem. 

Dattan Hito no Odori

Dattan hito no Odori é o título japonês das Danças Polovtsianas da Ópera O Príncipe Igor, de Borodin. É um tema muito presente em trilhas de animes e video-game, de alguma forma é bastante conhecida.
O que me chama a atenção na versão de Princess Tutu é o trabalho da Orquestra Sinfônica de Sofia. É magistral. É melhor do que todas as versões que já ouvi, do coro ao instrumental, dentre as Óperas e remixes modernos.
É dito que seu compositor faleceu antes de concluí-la, e isso tem tudo a ver com Princess Tutu, afinal o anime é sobre um homem que morre antes de concluir sua história.
Fora isso, o tema da Ópera nada mais tem a ver com Princess Tutu. Aqui ela é usada no episódio que conta a história de Ebine, uma cozinheira que perdeu seu amado e junto dele sua razão de viver. Apesar disso, ela segue cozinhando, tentando sufocar seus clientes com sua comida bela e gelada.

O lago dos cisnes

"Hakuchou no Mizuumi" é a famosa composição do balé O Lago dos Cisnes. É um dos momentos mais belos do anime, onde se encerra seu primeiro ato - o que é focado em diversas fábulas e peças de balé. Aqui a canção aparece na épica batalha entre Tutu e Kraehe, onde as duas vão batalhar pelo coração do príncipe com o seu melhor Pas de Deux. O problema é que a Ahiru não tem um par para isso, e ela vai ter que dançar sozinha uma peça para duas pessoas. É um momento repleto de sentimentos e de execução belíssima. Um colírio para os olhos e uma facada no coração. Delícia.

A morte do cisne 
O tema da Morte do Cisne, “Doubutsu no Shanikusai” hakuchou - aparece na cena em que Rue se desesperou completamente e desistiu de seu amor. Ela dança sozinha em meio a centenas de bailarinas mortas que dançam e repetem os passos de A Morte do Cisne. Música a parte, a Rue parece fazer referência principalmente aos movimentos de Anna Pavlova que foram eternizados em vídeo e que datam o longínquo registro da década de 1920.

Além do anime, fica a recomendação para quem está procurando uma boa compilação de música clássica e temas de balé, pois a interpretação da Orquestra Sinfônica de Sofia é fabulosa. 


Outras trilhas que recomendo são as de Fullmetal Alchemist (clássico), Mushishi, Pandora Hearts, Simoun, Yokohama Kaidashi Kikou e obviamente Shoujo Kakumei Utena. Sobre a última teria tanta coisa para comentar que se um dia eu fizesse, seria uma postagem enorme inteiramente dedicada a ela.
Pretendo escrever futuramente sobre a trilha de Shangri-la, Shoujo Shuumatsu Ryoukou e Tegami Bachi. Torçam por mim, hahah.
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