Desde quando existem personagens LGBT nos mangás e animes?

Shiroi Heya no Futari, Kaze to ki no Uta, Patalliro e Stop!! Hibari-kun!!!

Lembra de quando saiu aquele episódio de Hoshiai no Sora (The Stars Align) em que um dos personagens assume ser não binário, e esse trechinho em particular do episódio circulou pelas redes sociais por um bom tempo? Isso foi lá pelo final de 2019, se não estou enganada.
Foi algo meio inédito, porque é raro ver esses assuntos explicados com tanto cuidado nos animes, entretanto, ser raro não significa que seja algo que começou só agora. Ao contrário do que dizem muitos comentários que vi sobre esse trecho do episódio em especial (sobre como a lacração infelizmente havia chegado aos animes >:( ), personagens LGBT não são nenhuma novidade nos animes e nos mangás.


Cena de Hoshiai no Sora

Nesse texto, vou explicar quando essa temática de sexualidade e identidade de gênero começou a ser abordada em animes e mangás, e quais foram os “pioneiros”.
Antes de começar, queria fazer um pequeno “glossário” dos termos que utilizarei ao longo do texto:
  • BL: Sigla para Boys’ Love. É um gênero de mangás que se centra em relações românticas entre dois homens. É o que costumava ser chamado de “yaoi”, termo que já não é mais utilizado no Japão desde os anos 90.
  • Shounen-ai: Termo equivalente a BL (seria uma tradução dele para o japonês), mas também não é mais utilizado no Japão. Usado para se referir às obras pioneiras do BL.
  • Yuri: Também chamado de GL ou Girls’ Love. Gênero de mangás que se centra em relações românticas entre duas mulheres. A primeira revista gay comercializada no Japão foi a Barazoku (“clã das rosas”), nos anos 70, e nessa revista havia a coluna Yurizoku (clã dos lírios), que era escrita por e para lésbicas. Por causa dessa coluna, o termo “yuri” (lírio) passou a ser usado para descrever esse tipo de mangá.
  • Shoujo: Nome dado a mangás publicados em revistas voltadas para o público feminino adolescente.
  • Shounen: Nome dado a mangás publicados em revistas voltadas para o público masculino adolescente.
  • Seinen: Nome dado a mangás publicados em revistas voltadas para o público masculino adulto.
  • OVA: Original Video Animation. Animes lançados direto em vídeo (seja em VHS, laser disc, DVD ou blu-ray), em vez de serem exibidos na televisão ou nos cinemas.
  • Era Showa: Período da história do Japão correspondente ao reinado do imperador Showa. Foi de 1926 a 1989.

Quando personagens LGBT começaram a aparecer em mangás e animes?

A resposta para essa pergunta é muito simples: Grupo do Ano 24.
Grupo do ano 24 (Nijūyo-nen Gumi) é um nome dado pelos fãs e pesquisadores do tema a um grupo de autoras consideradas as principais influenciadoras dos mangás shoujo como um todo. O nome se dá pelo fato da maioria das integrantes desse grupo serem nascidas no ano 24 da Era Showa (1949). Entre as principais autoras associadas a esse grupo temos: Moto Hagio, Keiko Takemiya, Ryoko Yamagishi, Yasuko Aoike, Riyoko Ikeda, Yumiko Oshima, entre outras.

Da esquerda para direita, de cima para baixo: Moto Hagio (Thomas no Shinzou), Keiko Takemiya (Kaze to Ki no Uta), Yasuko Aoike (Eroica yori Ai wo Komete) e Riyoko Ikeda (Rosa de Versalhes).


Publicadas no fim dos anos 60 e nos anos 70, as obras dessas autoras eram fortemente influenciadas pela literatura e cinema europeus (e até por algumas bandas de rock), e também por mangás da geração anterior, como as obras de Hideko Mizuno e Osamu Tezuka.
As obras, geralmente muito tristes e dramáticas, contavam sempre com a presença dos personagens no estilo Bishounen (literalmente, rapaz bonito), que eram belos moços jovens com traços andróginos. Essas obras abordavam temáticas diversas, em especial, questões de gênero e sexualidade.

As origens do BL

As origens do gênero BL estão em obras dessa época, principalmente das autoras Moto Hagio e Keiko Takemiya.
Em 1970 e 1971 foram publicadas, respectivamente, as obras Sunroom no Ie (No Jardim de Inverno), de Keiko Takemiya, e Juuichigatsu no Gymnasium (Ginásio de Novembro), de Moto Hagio. Essas são consideradas as duas primeiras obras do gênero chamado “shounen-ai”, e mostravam relações platônicas entre rapazes jovens. Ambas eram histórias curtas, de um único capítulo.

Thomas no Shinzou e Kaze to Ki no Uta

Mais tarde, em 1974, Moto Hagio publicou Thomas no Shinzou (Heart of Thomas — “Coração de Thomas”), uma história que se estendeu por 3 volumes, e abordava não só homossexualidade, mas também outros assuntos mais sérios, como suicídio e abuso sexual. 
Também contando com esses mesmos assuntos, um mangá considerado avassalador para a época foi publicado em 1976: Kaze to Ki no Uta (Song of the Wind and Trees/Poem of Wind and Tree — “A Canção do Vento e das Árvores”). Esse é considerado o primeiro mangá shounen-ai a fazer sucesso comercialmente.
A história, escrita por Keiko Takemiya, rendeu 17 volumes publicados, e narra o romance trágico de Serge e Gilbert, dois garotos alunos de um colégio interno na França no fim do século XIX. Todas essas obras que mencionei até agora tinham histórias muito tristes e dramáticas, entretanto, nem todas os mangás shoujo da época eram melancólicas assim.

Eroica yori Ai wo Komete — Capa do Drama CD

Yasuko Aoike, às vezes também associada ao Grupo do Ano 24, escreveu alguns mangás shoujo com um tom mais cômico, que também abordavam a temática da homossexualidade. Entre eles, está Eroica Yori Ai wo Komete (From Eroica, with Love — “De Eroica, com Amor”), mangá que começou a ser publicado em 1976 e só acabou em 2012 (depois de passar por alguns períodos hiato), com 39 volumes no total, além de diversos outros spin-off. Inspirado nas histórias de agentes secretos como James Bond, o mangá narra as desventuras de Dorian Red Gloria, um lorde inglês abertamente homossexual que também é um ladrão de obras de arte chamado Eroica, e Major Klaus Heinz von dem Eberbach, um agente alemão da OTAN. As histórias giram em torno de Dorian atrapalhando as missões de Klaus enquanto se insinua e flerta com ele, sua personalidade extrovertida e flamejante conflitando com o estoicismo do Major.
Patalliro — Capa do 13° volume

Escrito por Mineo Maya, o mangá começou a ser publicado em 1979 e segue até hoje, ultrapassando os 100 volumes encadernados. Curiosamente, ao contrário de todas as obras mencionadas até agora, essa foi escrita por um homem, que também escreveu outros mangás shoujo de comédia cheios de bishounens e rapazes que gostam de rapazes, como Rashaanu! (1978) e Tonde Saitama (1982).
Patalliro é o nome do protagonista da história, um rei de 10 anos de idade de um reino fictício chamado Malynera. Os outros personagens recorrentes são o Major Bancoran, um agente da MI6 que ocasionalmente atua como guarda-costas de Patalliro e é apelidado de Bishounen Killer, graças a sua habilidade de fazer qualquer rapaz bonito se apaixonar só com o olhar; e Maraich, um rapaz que foi criado para ser um assassino desde criança e, por se apaixonar por Bancoran, decide usar suas habilidades para ajudar a MI6. O mangá segue aquela fórmula episódica, com histórias variadas diferentes em cada capítulo, indo desde Patalliro escapando de alguma tentativa de assassinato, até viagens no tempo e confusões envolvendo robôs e dinossauros. (Perdão pela descrição meio vaga, mas é que é bem difícil explicar a premissa de Patalliro de forma concisa.)

Maraich e Bancoran

O anime foi produzido em 1982 pela Toei, tendo um total de 49 episódios, cada um deles seguindo a história de um capítulo do mangá, além de um filme titulado Stardust Keikaku (Plano Stardust). Apesar de não ser o foco da história, o relacionamento de Bancoran e Maraich se faz muito presente, e é por isso que esse é considerado por muitos o primeiro anime a retratar relacionamentos homossexuais na história.
A homossexualidade faz parte da história, apesar de não ser apresentada de forma didática como ocorre em Hoshiai no Sora. Bancoran menciona vez ou outra que não tem interesse em mulheres, e não esconde que Maraich é seu namorado. O anime também é cheio de demonstrações de afeto entre os dois (e entre outros personagens). Ninguém questiona nem tenta explicar isso, é algo bem natural para todos na história.
É legal notar que esse anime foi feito pensando no público infantil, tanto é que os episódios eram exibidos às 19h nas quintas-feiras, um horário bem família. O humor é estilo pastelão, e às vezes me lembra um pouco de Pica Pau.
(Aliás, outra curiosidade interessante é que o Maraich engravida duas vezes no mangá. Na primeira vez, ele perde o bebê, mas na segunda, ele e Bancoran têm um filhinho chamado Figaro. Seria esse o primeiro caso de mpreg em mangás? Ainda não pesquisei a fundo pra saber).
Ao longo dos anos 80 e 90, diversos outros mangás com essa temática do Boys’ Love ganharam adaptações animadas, entretanto, eram todos OVAs. Entre esses OVAs, estão Kaze to Ki no Uta (1987), Earthian (1989) e Zetsuai 1989 (1992). Depois de Patalliro, o próximo anime com essa temática do romance entre dois homens a ser exibido na televisão foi Gravitation, em 2000.
E desde então, como devem saber, diversos outros mangás narrando romances entre homens foram adaptados para animações. O gênero ganhou um nome próprio (BL/Boys’ Love) e ganhou até revistas próprias.
Bom, até agora só falei sobre obras com personagens gays (ou talvez até bissexuais), que foram as raízes do gênero BL.

Mas e o Yuri?

Ao contrário do BL, as origens do Yuri estão fora dos mangás.

Yoshiya Nobuko


Suas obras eram serializadas em revistas voltada para o público feminino, e narravam relações de amor e amizade entre garotas. Uma de suas obras mais famosas, Hana no Monogatari (História das Flores), se passava em um dormitório de um colégio feminino, e narrava de forma muito emotiva os laços emocionais entre as garotas. Yoshiya é creditada como desenvolvedora do gênero de ficção “shoujo”, e suas obras também influenciaram os mangás, mesmo os que não possuem a temática da homossexualidade.

Shiroi Heya no Futari e Maya no Souretsu

Em 1971, Ryouko Yamagishi escreveu Shiroi Heya no Futari (As Duas do Quarto Branco), o primeiro mangá yuri da história. Semelhante a Kaze to Ki no Uta, porém rendendo apenas um único volume encadernado, esse mangá contava a história de duas garotas, Resine e Simone, alunas de um colégio interno europeu.
Maya no Souretsu (O Funeral de Maya), foi publicado em 1972, escrito por Yukari Ichijo. Conta a história da jovem Reina, que começa a se sentir atraída pela vizinha da nova casa de campo de seus pais. Ambas as histórias têm finais trágicos, característicos dos mangás da época.

Cenas de Onii-sama e… e Rosa de Versalhes

Algumas obras de Riyoko Ikeda também têm pitadas de romance entre meninas aqui e ali, como Berusaiyu no Bara (Rosa de Versalhes, publicado no Brasil pela JBC.) e Onii-sama e… (Caro Irmão). Ambas as obras receberam adaptações animadas, entretanto, os relacionamentos entre mulheres presentes nessas histórias eram platônicos.
Em Rosa de Versalhes, cujo anime estreou em 1979, a protagonista Oscar, filha de um general da França pré-revolucionária, é criada como homem para seguir a carreira militar. Todos sabem que Oscar é mulher, mas mesmo assim, várias outras mulheres se encantam por ela. Uma dessas mulheres é Rosalie, uma plebéia pobre que acaba morando na casa de Oscar por um tempo. Rosalie sofre por esse amor proibido, e no fim acaba deixando seus sentimentos de lado e se casando com um homem.
O anime de Onii-sama e estreou em 1991, e é considerado por alguns como o primeiro anime yuri. A história gira em torno dos dramas de garotas de um colégio interno feminino. O enredo é movido basicamente pelos sentimentos e conflitos das garotas, de maneira semelhante às obras de Yoshiya. No fim, as garotas acabam sozinhas, ou casadas com homens, deixando todos aqueles sentimentos para trás.
Em 1997, mais dois animes yuri estrearam: Shoujo Kakumei Utena (Revolutionary Girl Utena — “Menina Revolucionária Utena”) e Hen (Strange Love — “Estranho Amor”)

Shoujo Kakumei Utena e Hen — Ilustração e capa do 1° volume.

Quanto a Utena, esse anime é completamente diferente de tudo o que você já viu. O mangá (lançado no Brasil pela editora JBC) começou a ser publicado em 1996. O anime estreou em abril de 1997, tendo um total de 39 episódios, e a história se diverge bastante da do mangá. Os criadores de Utena são o coletivo Be-papas, um grupo formado por: Yoji Enokido (roteirista), Shinya Hasegawa (animador), Kunihiko Ikuhara (diretor), Yuichiro Oguro (organizador), e Chiho Saito (mangaká). Quando criou Utena, Ikuhara já havia dirigido diversos outros animes (inclusive uma temporada de Sailor Moon), mas esse foi o primeiro de sua própria autoria. A sexualidade é um tema frequente em suas obras, e em Utena não é diferente.
A protagonista da história é uma garota que foi salva por um “príncipe” em sua infância, e portanto, decide que também assumirá o papel de “príncipe” para salvar outras garotas. Na Academia Ohtori, escola em que estuda, Utena acaba se envolvendo nos duelos do conselho estudantil após tentar salvar uma garota que estava sendo agredida. O anime é bem surreal e cheio de metáforas e alegorias.
Em 1999 foi lançado um filme, que contava uma história um pouco diferente da série, mas com os mesmo personagens e se passando na mesma Academia Ohtori.
Hen se trata de um OVA de dois episódios, baseado em um mangá de mesmo nome da autoria de Oku Hiroya, também conhecido por títulos como Gantz e Inuyashiki.
A protagonista de Hen é Chizuru Yoshida, uma garota que consegue conquistar qualquer rapaz que quiser. Apesar de viver rodeada de pretendentes e namorados, Chizuru sente que nunca se apaixonou antes, até conhecer Azumi Yamada, uma menina do interior que acaba de tornar-se sua colega de sala. O primeiro episódio conta as desventuras de Chizuru com um homem e o segundo foca mais na história dela com Azumi.
Nos anos 2000, vários outras obras yuri ganharam animes exibidos na televisão, entre elas: Maria-sama ga Miteru (2004), Kannazuki no Miko (2004) e Strawberry Panic! (2006). Foi também nessa época que as primeiras revistas yuri surgiram, publicando exclusivamente mangás do gênero. 

E o “T” da sigla?

Quando se procura mangás com personagens LGBT, o yuri e o BL sempre se destacam por se tratarem de gêneros distintos que retratam personagens lésbicas, gays e, às vezes, até bissexuais. Mas se tratando de personagens transgênero, não há um gênero exclusivo para eles.
Na época em que o Grupo do ano 24 começou a publicar suas obras, já havia vários mangás que questionavam papéis e estereótipos de gênero, com personagens ambíguos ou que, por algum motivo, tinham que se passar por um gênero diferente do seu. Osamu Tezuka trazia essa temática em Ribbon no Kishi (A Princesa e o Cavaleiro, publicado no Brasil pela JBC), serializado na revista Shoujo Club entre 1953 e 1956; e Dororo (publicado no Brasil pela Newpop), serializado na revista Shounen Sunday entre 1967 e 1968.

Claudine

Por conta disso, não há bem um consenso de qual foi o primeiro mangá com personagem trans, mas acredito que tenha sido Claudine…!, escrito por Riyoko Ikeda em 1978. (Apesar de haver outros mangás mais antigos com a tag “Transgender Protagonist” no mangaupdates, nenhum deles está disponível em outro idioma além do japonês.)
O protagonista desse mangá, Claudine, era levado por sua mãe a um psiquiatra por afirmar ser homem. O mangá é curto, tendo só um volume encadernado, e tem um final trágico.

Kousaku e Hibari

O primeiro anime com uma protagonista trans foi Stop!! Hibari-kun!!! (Pare!! Hibari-kun!!!), em 1983. Baseado em um mangá de Hisashi Eguchi, que começou a ser publicado na revista Shounen Jump em 1981, Stop!! Hibari-kun!!! conta a história de Kousaku, um garoto que acabou de ficar órfão e, atendendo ao pedido da falecida mãe, vai morar na casa de um conhecido dela. Esse conhecido é o chefe de um grupo yakuza, e tem quatro belas filhas. Entretanto, Kousaku descobre que Hibari, a terceira filha, na verdade “é menino”.

Stop!! Hibari-kun!!! - Capa do 3° volume


Diferente de Claudine, Hibari-kun não tem um tom muito sério. O mangá e o anime são de comédia, e o humor gira principalmente em torno de piadas infelizes quanto a Hibari, e Kousaku negando os sentimentos que tem por ela. Mesmo sendo alvo de piadas por parte de sua família, Hibari não se abala, nem deixa de se afirmar como menina.
Sejam mangás ou animes, sinto que o número de obras com personagens trans tem aumentado nos últimos anos. É bem legal ver essa temática sendo abordada. Queria deixar aqui a recomendação de duas obras que gosto bastante (e que não são tão antigas assim): Paradise Kiss (publicado no Brasil pela editora Conrad), um mangá de 1999 escrito por Ai Yazawa, que ganhou um anime em 2005; Hourou Musuko (Wandering Son — “Filho Errante”), mangá de 2002 escrito por Takako Shimura, que ganhou anime em 2011; e Double House, mangá de 1998 escrito por Haruno Nanae.

Sailor Moon

Sailor Moon é um exemplo bem popular de um anime antigo que tinha personagens LGBT (literalmente, de todas as letras da sigla).

Kunzite e Zoisite, Michiru e Haruka, Fish eye

Um dos primeiros exemplos disso a surgir na série são Kunzite e Zoisite, um casal de vilões que aparecem logo na primeira temporada. Depois, na terceira temporada, Sailor Moon S, as Sailors Urano e Netuno se juntam ao grupo. Michiru e Haruka são oficialmente namoradas, e também há quem interprete Haruka como uma pessoa não binária. Na temporada seguinte, Super S, Fish Eye é um rapaz crossdresser gay.
Apesar de a dublagem em alguns países ter censurado essa parte, esse foi um anime muito popular no mundo todo, inclusive aqui no Brasil.

Conclusão

As temáticas LGBT estão aparecendo com mais frequência ultimamente, mas é por existirem muito mais obras sendo lançadas hoje em dia do que antigamente, especialmente se tratando de animes. Além disso, estamos tendo contato com muito mais obras do que antes porque agora elas estão acessíveis ao público ocidental. Vários animes e mangás são licenciados em português e outras línguas todo mês, o que não acontecia com tanta frequência anos atrás. Personagens LGBT estão presentes em mangás e animes desde a era Showa, e não são um fenômeno recente.
Apesar de essas temáticas terem sido abordadas inicialmente por mangás shoujo, ela também está presente em obras de outras demografias.
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