Falling For Innocence (ou Beating Again) é um dorama sul-coreano que me tocou profundamente –
não por usar dos clichês naturais que sempre estão presentes nessas tramas, mas
sim pela mensagem empregada no contexto: a grande importância da doação de
órgãos. Antes de falar um pouco sobre esse assunto, é necessário que façamos um
resumo acerca da história (não se preocupem, pois não haverá spoiler). Kang Min-Ho (Jung Kyung Ho), a
princípio, é um personagem que a gente tem tudo para odiar, porém, a
narrativa gira em torno dele, já que é o protagonista (eu, sinceramente, não
esperava por isso). No entanto, possui uma doença rara no coração (se eu não me
engano, é miocardite) e ele tem pouco tempo de vida para concluir seus planos
de vingança. Dito isto, estando à beira da morte, ele consegue passar por um
transplante (tinha apenas 1% de chance de que houvesse um doador e de que este
fosse compatível). Após alguns dias de recuperação, Min-Ho sente que está
diferente. Logo, o dorama também gira em torno de como as mudanças de comportamento
do protagonista afetam o seu meio e sobre como ele teve sorte em conseguir uma
segunda chance para viver - assim, eu passei a amá-lo. Falling For
Innocence foi exibido em 2015, contendo 16 episódios (que passam muito
rápido, porque o ritmo é muito bom) com cerca de 1h cada – está disponível no
Viki e também no catálogo da Netflix.
Esse dorama intensificou
minha vontade de ser uma doadora de órgãos e estimulou-me a procurar mais sobre
o tema. Segundo o site UOL, numa matéria publicada em 27 de setembro de 2017, no primeiro
semestre desse mesmo ano, “1.662 famílias autorizaram a doação de órgãos de
parentes, 16% a mais do que no mesmo período de 2016. Apesar do crescimento, o
grande número de recusas de doação ainda é um problema”. No geral, 43% dos
brasileiros não querem doar os órgãos dos familiares após a morte. Isso faz com
que as filas de espera continuem grandes – há pessoas que aguardam anos por
algum doador e, muitas vezes, não resistem ao tempo devido às inúmeras
complicações.
A história
me mostrou que eu posso dar vida a quem precisa e que eu posso “viver” através
de alguém. Enxergar através de outros olhos, respirar novos ares e pulsar
noutro corpo. Por que eu me apegaria a um corpo que não é mais minha morada?
Estarei feliz em compartilhar o que for possível quando eu não mais estiver
aqui. Eu só tenho a agradecer a esse doraminha que me deixou muito feliz - eu recomendo muito!
Se você quer ser um doador de órgãos e está com dúvida sobre o processo, é só acessar
o site da ADOTE – Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos. Lá você se informa melhor e sabe que também pode ser um doador em vida.
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