Este texto faz parte do desafio do clube de leitura realizado no final de dezembro/18 e início de janeiro/19
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Dororo, Osamu Tezuka
Publicado na Bouken Ou e Shuukan Shounen Sunday
Escrito por Saymon, escolhido por Ana
Dororo, Osamu Tezuka
Publicado na Bouken Ou e Shuukan Shounen Sunday
Escrito por Saymon, escolhido por Ana
Primeiramente, me desculpem por não conseguir transformar minha
opinião em palavras de forma clara e por seguinte, obrigado a Ana por ter me
indicado esses dois mangás (Oi Ana, quanto tempo).
Vou tentar não spoilar nada, já que quem estiver
lendo (you) pode ainda não ter lido e não quero estragar a experiência
de ninguém.
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Começando por Dororo, reli este mangá antes de ir para Paradise
Kiss, este foi um dos únicos mangás que eu li do Tezuka (me perdoem) e
minha opinião após uma releitura não mudou. Gosto muito do setting e
da dupla principal. Tinha potencial para muito mais do que foi feito, pois é um
mangá “episódico”, além de o final parecer rushado demais para a obra,
provavelmente meu maior problema com ele.
Meu outro maior problema é com a arte, mas lendo alguns outros
mangás da época você acaba acostumando. Ponto positivo nessa parte é o quanto o
cenário mostrado é importante em várias cenas, impressionantemente rico em
detalhes também. Expressões faciais são onpoint, principalmente
de Dororo.
Num geral, é um mangá bem divertido de se ler. Parece uma boa pra
quem quer começar a ler alguns clássicos, este, por exemplo, deve ser bem
mais friendly que Go Nagai. Novamente destaco minha frustração
pelo final, pois podia continuar por mais alguns volumes, sem a fórmula perder
o sal.
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Devilman, Go Nagai
Publicado na Shuukan Shounen Magazine
Escrito por Luk, escolhido por Morty
Outra das (in)contáveis obras do Go Nagai. Vi um remaster do antigo anime, depois assisti
Devilman Crybaby da Netflix, mas fiquei naquela: “ler pra quê, né?”. Daí veio o
clube de leitura e adivinha um dos mangás que eu peguei. Pois é… Devilman. Poxa
o que falar desse mangá? Acho que pra resumir eu diria, datado. Não que isso
seja ruim, de longe. Eu sou o cara que todo ano zera Kirby de NES três vezes só
por diversão, mas bem, quem quer saber da vida de um nerdão!
O roteiro é meio datado e a progressão da história é bem corrida,
com os eventos escalando de um jeito meio esquisito, sem aprofundar direito os
personagens. E mesmo assim consegue ser bom. As ilustrações cruas impressionam
principalmente nos combates, porradaria franca festa de família brasileira. A
história é bem simples, mas vai direto ao ponto com a clássica pergunta: “será
que a humanidade realmente merece a Terra?”.
Recheado de retóricas, o texto muitas vezes te coloca pra pensar.
Contudo os personagens não são tão cativantes e acho que se deve principalmente
a eles não serem bem explorados no decorrer das páginas. Mas o final é
impactante, com uma escalada de eventos mostrando o quanto a humanidade é pífia
e supérflua, mostrando que não somos nada mais que animais que deram sorte. Sorte
de aprendermos a ter medo, e com medo aprendermos a nos preparar, mas nada
disso sobrepõe a violência e o preconceito cru inatos ao ser humano. Em tempos
onde uma mensagem mata um inocente, Devilman se mostra bem atual:
“Quem são os verdadeiros Demônios?”.
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