este texto faz parte do desafio do clube de leitura realizado no final de dezembro/18 e início de janeiro/19
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Infelizmente, na vida nós não podemos contar com o poder do protagonismo...
Infelizmente, na vida nós não podemos contar com o poder do protagonismo...
Kakukaku Shikajika é uma autobiografia da autora Hayashi Akiko, cujo nome artístico é Higashimura Akiko, muito conhecido por escrever Kuragehime. O principal plano de fundo da história é contar para o leitor sobre o incrível professor de artes que ela teve, ao passo que conta toda sua trajetória, desde o ensino médio até os dias atuais, se tornando uma mangaká de sucesso no Japão.
Por boa parte da leitura desse mangá eu me senti extremamente incomodado. No início eu não entendi muito bem o porquê, mas por volta da metade da obra eu finalmente percebi: eu estava fora da minha zona de conforto, essa história não é igual as histórias de fantasia que eu estou acostumado, onde tudo sempre dá certo no final; aquilo era a vida real, não teria solução mágica para nada, haveria erros e arrependimentos, atos falhos e humanos. Esse sentimento me permeou por toda a leitura, enquanto mais e mais eu me sentia angustiado, não só pelas escolhas que via a autora fazendo durante sua juventude, mas também pelo tom melancólico com o qual ela mesmo tecia comentários sobre atitudes que tomara naquela época.
Sinceramente, eu não sei muito o que dizer sobre esse mangá. Durante a leitura ele me despertou tantos sentimentos, me fez chorar diversas vezes, mas ao mesmo tempo não encontro palavras para descreve-lo. Não consigo falar nada além de que aquilo é a vida, nua e crua. Sabe aquela sensação que você tem ao olhar pra trás e se arrepender de decisões que tomou? Essa obra é em muito embasado nisso. Higashimura-sensei compartilha conosco sua vida ao mesmo tempo que, aos seus quase 40 anos, comenta todas as grandes decisões que tomou, principalmente no início dos seus 20 anos, quando fez faculdade e iniciou sua carreira. Claro que, de um jeito ou de outro, tudo o que ela fez a levou a ser quem é hoje, mas isso não anula o fato de que todas as decisões que tomou contribuíram para os arrependimentos que carrega consigo hoje.
Eu não sou uma pessoa das artes. Muito pelo contrário, minha linha de trabalho abre muito pouco espaço para subjetividade, e acho que, por causa disso, alguns aspectos tenha passado batidos para mim, aspectos esses que para um artista de qualquer estirpe podem ter algum significado. Mas existem certos pontos na história que, de um jeito ou de outro, podem ser assimilados pelo leitor. Como, por exemplo, que, quando jovens, nós nos embebedamos em uma autoconfiança enorme que, algumas vezes, é muito pouco tangível, nós não somos tudo aquilo. Além disso, podemos chegar ao fundo do poço, nos sentirmos desnorteados, bloqueados, sem saber que passo tomar em seguida, e isso é comum, somos humanos. Mas acima de tudo isso, independente dos tropeços que tivermos, manteremos aquele sentimento de que, em algum momento da nossa vida, nós vamos conhecer aquela pessoa que será um turning-point, que deixará uma marca tão profunda que nunca será esquecida por nós. Para Hayashi Akiko esse era Hidaka Kenzou, seu professor de artes e, também, o assunto central dessa obra.
Provavelmente essa foi a primeira autobiografia que eu li e, sinceramente, acho que não poderia ter começado de uma forma melhor. Apesar de todo a angustia que senti ao ler essa obra, e talvez por ser uma autora já conhecida por mim, eu senti que essa foi uma boa iniciação. Por mais que seja uma história triste sobre arrependimentos, é nos mostrado que nem tudo é ruim, há aqueles momentos, pequenos momentos que na hora não damos importância, mas que em alguns anos nos serão grandes tesouros. Pra mim, a leitura desse mangá é um desses tesouros, e eu recomendo ele a qualquer pessoa!
Kakukaku Shikajika é um mangá de 2011 escrito por Akiko Higashimura e publicado na Cocohana.
Mangá escolhido por Taisa, e lido por Ian.
Por boa parte da leitura desse mangá eu me senti extremamente incomodado. No início eu não entendi muito bem o porquê, mas por volta da metade da obra eu finalmente percebi: eu estava fora da minha zona de conforto, essa história não é igual as histórias de fantasia que eu estou acostumado, onde tudo sempre dá certo no final; aquilo era a vida real, não teria solução mágica para nada, haveria erros e arrependimentos, atos falhos e humanos. Esse sentimento me permeou por toda a leitura, enquanto mais e mais eu me sentia angustiado, não só pelas escolhas que via a autora fazendo durante sua juventude, mas também pelo tom melancólico com o qual ela mesmo tecia comentários sobre atitudes que tomara naquela época.
Sinceramente, eu não sei muito o que dizer sobre esse mangá. Durante a leitura ele me despertou tantos sentimentos, me fez chorar diversas vezes, mas ao mesmo tempo não encontro palavras para descreve-lo. Não consigo falar nada além de que aquilo é a vida, nua e crua. Sabe aquela sensação que você tem ao olhar pra trás e se arrepender de decisões que tomou? Essa obra é em muito embasado nisso. Higashimura-sensei compartilha conosco sua vida ao mesmo tempo que, aos seus quase 40 anos, comenta todas as grandes decisões que tomou, principalmente no início dos seus 20 anos, quando fez faculdade e iniciou sua carreira. Claro que, de um jeito ou de outro, tudo o que ela fez a levou a ser quem é hoje, mas isso não anula o fato de que todas as decisões que tomou contribuíram para os arrependimentos que carrega consigo hoje.
Eu não sou uma pessoa das artes. Muito pelo contrário, minha linha de trabalho abre muito pouco espaço para subjetividade, e acho que, por causa disso, alguns aspectos tenha passado batidos para mim, aspectos esses que para um artista de qualquer estirpe podem ter algum significado. Mas existem certos pontos na história que, de um jeito ou de outro, podem ser assimilados pelo leitor. Como, por exemplo, que, quando jovens, nós nos embebedamos em uma autoconfiança enorme que, algumas vezes, é muito pouco tangível, nós não somos tudo aquilo. Além disso, podemos chegar ao fundo do poço, nos sentirmos desnorteados, bloqueados, sem saber que passo tomar em seguida, e isso é comum, somos humanos. Mas acima de tudo isso, independente dos tropeços que tivermos, manteremos aquele sentimento de que, em algum momento da nossa vida, nós vamos conhecer aquela pessoa que será um turning-point, que deixará uma marca tão profunda que nunca será esquecida por nós. Para Hayashi Akiko esse era Hidaka Kenzou, seu professor de artes e, também, o assunto central dessa obra.
Provavelmente essa foi a primeira autobiografia que eu li e, sinceramente, acho que não poderia ter começado de uma forma melhor. Apesar de todo a angustia que senti ao ler essa obra, e talvez por ser uma autora já conhecida por mim, eu senti que essa foi uma boa iniciação. Por mais que seja uma história triste sobre arrependimentos, é nos mostrado que nem tudo é ruim, há aqueles momentos, pequenos momentos que na hora não damos importância, mas que em alguns anos nos serão grandes tesouros. Pra mim, a leitura desse mangá é um desses tesouros, e eu recomendo ele a qualquer pessoa!
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Kakukaku Shikajika é um mangá de 2011 escrito por Akiko Higashimura e publicado na Cocohana.Mangá escolhido por Taisa, e lido por Ian.
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